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O som pesado da Madame Saatan

Um metal blues misturado ao heavy metal, thrash metal, hardcore punk com adição do regionalismo paraense como o som do lundu e do carimbó, essa é a banda Madame Saatan, que nasceu em meados de 2003 em Belém (PA). Um quarteto de músicos afiados e uma vocalista de voz grave e super presença de palco.

A banda surgiu de uma idéia entre amigos que queriam fazer da música seu ganha pão, a primeira apresentação como Madame Saatan aconteceu por meio de uma montagem teatral baseada na obra Ubu Rei, do Alfred Jarry. “Então compusemos e tocamos ao vivo a trilha para a montagem em questão e precisávamos de um nome que desse a idéia de contraste”, afirma Sammliz.

Madame Saatan é formada por Sammliz (vocal), Edinho Guerreiro (guitarra), Ícaro Suzuki (baixo) e Ivan Vanzar (bateria), e desde sua formação começou a ganhar destaque por onde se apresentava. Entre os festivais independentes já coleciona participações no MADA, Porão do Rock, Bananada, Se Rasgun, Varadouro, Belrock, Jambolada e Demo Sul.

Conversamos com a vocalista da banda, Sammliz, a respeito de rock feminino, projetos e muito mais!

Um misto de influências, cada integrante trouxe consigo um baú de referências sonoras. “Blues, punk, thrash, música brasileira,pop... Chupamos muita coisa daí. Vezes compomos juntos nos ensaios, em cima de um riff,levada de bateria, ou eu levo alguma coisa para todos arranjarem”, afirma Sammliz.

Perguntamos sobre a relação mulher e rock, espaço, antes, predominantemente masculino e agora dividido com mulheres, Sammliz afirma que o rock sempre foi um cavalheiro desde o início, e que não percebeu nenhum tipo de preconceito pelo fato de ser mulher. “Pode-se falar de delicadezas em geral sem soar piegas ou sentimentalóide. Isso pode vir revestido de visceralidade, por que não? Eu não vejo muito isso do público estar ali na frente esperando uma postura X pelo fato de ser mulher. Acho que ele quer mais é ser provocado, sentir a música e decidir se gosta ou não dela, tanto faz se é uma mulher ou não no palco. Deveria ser assim acho eu”, afirma.

A respeito das influências culturais adicionadas ao rock do Madame Saatan, Sammliz afirma que “o Pará é um país a parte, já que o Estado é agraciado com manifestações culturais diversas e a cena musical é um caldeirão sonoro onde cabe rock, guitarrada,mpb, carimbó,lundu, tecnobrega e com uma expressiva parte de público que transita entre todos eles. Temos uma das cenas metal e punk mais antigas do Brasil e há bandas as pencas em Belém fazendo shows , movimentando-se através de coletivos e festivais de vários portes”. No Pará existem várias outras bandas com vocal feminino também, entre elas Álibi de Orfeu, Myttus e Teor do Ódio, que estão em atividade no momento.

O Madame Saatan já é uma banda bastante conhecida no meio independente, já participou de vários festivais, apareceram na globo (óh! rs) e tem clips veiculados na mtv, como é isso para uma banda que saiu lá do Pará e conquistou um determinado reconhecimento musical? “Sinto que estamos sempre recomeçando e notar que de alguma forma a coisa anda nos traz uma sensação de satisfação. Isso serve de estímulo para que continuemos na missão com mais leveza para o tanto de chão que tem pela frente”, diz.

Sobre os coletivos independentes Sammliz diz que o Madame Saatan é “parceiro de todo e qualquer coletivo que esteja trabalhando com música independente no Brasil e achamos importante que essas redes de produção e circulação se desenvolvam”.

Sobre a música livre que circula pela internet ela é enfática, “a internet é ferramenta fundamental para qualquer banda se promover, divulgar shows, estreitar laços com seu e fazer parcerias. A distribuição livre de música funciona para divulgar principalmente bandas independentes, mas acredito também em formas novas de você oferecer o trabalho àquele público que gosta ao ponto de querer pagar por ele, o que é muito justo. Há bandas de tamanhos diversos e elas decidem de que forma haverá a troca entre elas e seu público”.

E ainda faz um convite para as garotas que queiram se aventurar na cena do rock: “Bóra!

Desejamos sucesso à Sammliz e ao Madame Saatan pelo trabalho que fazem! Boa música! =]
E se você ainda não conhece o trabalho da banda, acesse: http://www.madamesaatan.com/.

Fotos: Divulgação .
Por Caroll Marinho .

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7 comentários:

Lenice Cunha disse...

Uma das melhores bandas do cenário atual nacional ^^

@madamesaatanPA

Anônimo disse...

FODAAAAAAAA!!!Madame é A BANDA!

Luise

Caroll . disse...

super banda! adoroo!

Anônimo disse...

eu acho ela simplesmente a rocker mais gata do braseeeel. Tom

Jaime Porto disse...

Boa entrevista, é importante a "miscigenação" de estilos musicais na busca de uma identidade, e isso pelo que eu pude perceber o Madame Saatan tem de sobra. Não conheci a banda mas vou procurar escutar agora.

Parabéns pela entrevista Caroll, nossa Geek Girl

Geize disse...

Uma das melhores bandas nacionais, eles merecem muito sucesso pelo talento e humildade!Bjundas

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