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Desconforto musical do bom! Conheça a Enema Noise



Parece banda gringa, mas não é. É made in Brazil, ou melhor, made in Brasília! Com quase cinco anos de existência, e aproximadamente seis meses com a atual formação, a banda brasiliense Enema Noise comemora recentes conquistas, entre elas a classificação na seletiva para tocar no Porão do Rock [festival de música que acontece em Brasília e está na sua 13ª edição].

Com sonoridade pesada, letras que abordam violência, vida urbana, excessos e propositalmente causa algum incomodo no ouvinte, aos poucos a banda vai ocupando seu espaço e mostrando a que veio. Eles já tocaram ao lado de artistas como Plebe Rude (DF), Kafka Show (SP), Nevilton (PR), Gandharva (PR) e Damn Laser Vampires (RS), em 2009, lançaram um EP virtual com a banda carioca The Fraktal e participaram de um tributo ao Defalla ("Não me Mande Flores"). O quarteto também marca presença na coletânea "Manual de Resistência #1" de 2010, primeiro registro do selo independente Anti Recordz, de São Paulo.

Apresentação no Porão do Rock, festival de musica de Brasilia em sua 13ª edição.

Conheça um pouco mais do trabalho musical realizado por Igor Kawka [baixo/sintetizador], Marcelo Seabra [guitarra/voz], Marcelo Melo [bateria] e Rafael Lamin [voz/guitarra]:

Garotas do Rock: Principais influências musicais/literárias/comportamentais?
Enema Noise | Lamin: O som tem muita influência da música dos anos 90.
Atualmente estamos em um lance mais pesado, o que nos identifica com Helmet, Melvins, Faith No More, etc. O punk e pós-punk também tem algum espaço em nossas influências, aí já mais pela parte comportamental e estética do que pela sonoridade.

Garotas do Rock: Como surgiu a banda e há quanto tempo existe?
Enema Noise | Lamin: Em 2005, como um projeto meu e de um amigo. Gravamos uma demo em 2006 e de lá pra cá o Enema teve várias formações. Por uma época também gravei tudo sozinho, em casa, com sintetizadores e baterias eletrônicas, o que rendeu a participação em uma coletânea e um EP. Com a entrada do Marcelo, começamos a procurar outros integrantes e dar mais forma a banda.
Essa é a formação mais sólida e a que tem rendido mais frutos, então dá pra considerar que o Enema Noise se tornou concreto no final de 2009. Já com a formação atual, temos por volta de 6 meses.

Garotas do Rock: Vocês definem a Enema Noise como qual estilo musical?
Enema Noise | Lamin: Como a maioria das bandas, não gostamos muito de definir nosso estilo musical. Muita gente fala de nós como stoner rock e industrial rock, que certamente são influências. Mas acho que algumas peculiaridades do som divergem um pouco dessas definições. Além de ultimamente estarmos aproveitando esse momento mais pesado da banda, o que talvez nos afaste um pouco do stoner e do industrial rock.

Garotas do Rock:
Em agosto deste ano vocês ganharam a seletiva do festival brasiliense Porão do Rock, como foi participar de um festival como esse e tocar 'ao lado' de artistas já conhecidos nacionalmente?
Enema Noise | Lamin: Foi uma ótima experiência! Entramos no Porão através de seletiva, por voto de júri e público, o que foi uma grande surpresa pra nós.
Além de tocarmos com artistas nacionais como Mombojó, Pato Fu, também rolou o She Wants Revenge (USA) no nosso palco, o que esperamos que tenha nos garantido um pouco de projeção frente a esse público.
Tocar em festivais é uma experiência nova para o Enema e ainda estamos nos acostumando com a idéia. Então, além de uma grande realização, o Porão serviu também como uma lição para lidarmos com palcos maiores, grandes estruturas de som, grande público, etc.

Apresentação no Porão do Rock, festival de musica de Brasilia em sua 13ª edição.

Garotas do Rock: Os integrantes da banda pretendem fazer da música o seu 'ganha pão'?
Enema Noise | Lamin: Com certeza! A busca do profissionalismo musical também exige tratar música como trabalho e emprego. Porque se você investe tempo e dinheiro em música e se ela ocupa um espaço na sua vida tanto quanto outras atividades, é uma profissão como todas as outras. A diferença é que muito do investimento não objetiva o retorno financeiro, o que cria o vício da maioria das pessoas entenderem a música e arte como um hobby.
É um mercado que recentemente sofreu crises e ainda está instabilizado e se reorganizando. Então muito do investimento do artista brasileiro independente ainda é focado na sua divulgação, na estruturação do seu meio de trabalho, na criação de sua rede de contatos, de entender quais são as demandas, o público consumidor, etc.
Então, é o que atualmente estamos fazendo. Sem esse foco inicial, fica complicado querermos nosso ganha-pão, um retorno financeiro. Ainda mais em Brasília.

Garotas do Rock: Vocês são filiados a algum coletivo de cultura independente? Acha importante a existencia dos coletivos para a divulgação da musica independente?
Enema Noise | Lamin: Fomos um dos fundadores do Coletivo Esquina (ligado ao Fora do Eixo), em 2009, mas saímos no começo de 2010. Atualmente, a banda trabalha de maneira um pouco mais autônoma, apesar de eu e o Marcelo ainda lidarmos com produção e eventos pela Bloco Cultural. Por ela, garantimos nossa circulação regional e toda a articulação institucional que for necessária para a banda.
Na minha opinião, a existência de coletivos é bastante importante nesse atual momento de estruturação do novo cenário independente.
Primeiro porque insere o artista nessa realidade de que ele só ele é responsável por sua gestão e de que terá que trabalhar pra buscar resultados.
Segundo porque os coletivos aglutinam, em grupos maiores, um excedente de bandas que o antigo mercado não consegue suportar. Isso garante maior visibilidade pra artistas iniciantes que poderiam estar a esmo no cenário indie, que atualmente possui um caminho ainda incerto pra quem busca autonomia de gestão, produção, confecção e distribuição de discos, etc. Então, com certeza os coletivos facilitam a vida, tanto dos artistas quando daqueles que tentam essa reorganização da música indie no Brasil.
Mas por outro lado, há um ponto de atenção. No mau uso dessa noção coletiva, o artista pode se tornar dependente desta nova série de plataformas e estruturas. Acredito que os coletivos devem ter o compromisso de garantir que o artista, gradativamente, crie condições de tocar o barco sozinho de sua carreira. O mau uso dessa noção coletiva tem gerado uma nova dependência de mercado em algumas situações, que é um ponto perigoso a ser listado nesse assunto.

Garotas do Rock: O que vocês ouvem atualmente?
Enema Noise | Lamin: Se somar os playlists atuais de todos nós, acho que estamos ouvindo muito Violins, Mombojó, Refused, Radiohead, Melt-Banana, Darshan e Valdez!

Garotas do Rock: Com relação à internet... qual é a verdadeira importância da internet para a Enema Noise? vocês são a favor da distribuição de músicas pela net?
Enema Noise | Lamin: A importância é total e acho que isso seja natural nos dias de hoje. Nós divulgamos shows pela internet, estimulamos nossa rede de contatos pela internet e mostramos nossa música pela internet. Não deixa de ser uma dependência, mas até agora não há indícios de que isso possa nos acomodar. Vamos aproveitar enquanto funciona dessa maneira.
Sim, somos a favor da distribuição de música pela internet. A internet abriu as portas de um recurso que antes era muito restrito ao mercado, a distribuição. Nunca foi possível se conseguir tanta música quanto hoje. E acho não enxergar isso como um ponto positivo é um erro. O artista - pelo menos o independente - ganha mais se divulgando do que cobrando por unidades de disco.

Apresentação no Porão do Rock, festival de musica de Brasilia em sua 13ª edição.

Garotas do Rock: Pretendem conquistar o mundo ou permanecer somente em Brasília? Já se apresentaram fora de bsb?
Enema Noise | Lamin: Já tocamos em Goiânia (pra onde voltaremos em novembro) e em algumas cidades do Goiás. Em outubro tocaremos em Campo Grande e dezembro no Rio! No começo do ano que vem, pretendemos fazer uma tour pelo Nordeste. A idéia é fazer um show interestadual a cada 1, 2 meses.

Garotas do Rock: Trabalhos novos por vir?
Enema Noise | Lamin: Temos um disco de 8 músicas a ser terminado ainda esse ano.

Garotas do Rock: Como faço para encontrar o trabalho da Enema Noise sem a ajuda do google? rs
Enema Noise | Lamin: aqui!
www.myspace.com/enemanoise
www.enemanoise.bandcamp.com
www.flickr.com/enemanoise

O Garotas do Rock agradece pela disponibilidade e pela atenção da banda, e deseja muito sucesso aos rapazes. E você aí, está esperando o quê? Escute logo o som da Enema Noise!


Fotos de divulgação: Igor Kawa.
Fotos do Porão do Rock: Thais Margalho.
Por Caroll Marinho.

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NAIRA Tattoo


Em 1999, Naira começou a usar seu talento na tatuagem, em Bombinhas/SC e posteriormente abriu seu próprio estúdio chamado Lotus, próximo a Praia Mole. Depois disso voltou para SP, onde trabalhou no Bola 8 entre outros na Galeria do Rock por 3 anos. Atualmente trabalha em um estúdio próprio: NAIRA TATTOO, situado na Pompéia, São Paulo. Sua especialidade é pin up e old school e arrasa também nocover up.

Aproveitamos para saber um pouco mais sobre a vida e o trabalho da tatuadora.


Garotas do Rock:
Naira, conta pra gente quando você começou a tatuar?
Naira: Comecei no final do ano de 1999,em Florianopolis/Sc.

Garotas do Rock: Você escolheu trabalhar com tattoo ou a profissão acabou te escolhendo? Se escolheu, por quê escolheu?
Naira: Eu já tinha umas poucas tattoos no meu corpo e gostava bastante da arte. Como sempre gostei de desenho desde criança, resolvi tentar.

Garotas do Rock: Tatuador é uma profissão originalmente masculina. Rola muito preconceito por você ser uma garota?
Naira: Não tenho certeza se tatuar é originalmente profissão de homem, mas no começo, há mais de 10 anos atrás, eu tinha que provar que era capaz de tatuar, as pessoas desconfiavam muito! Mas hoje em dia não percebo mais isso.

Garotas do Rock: As mulheres já conquistaram espaço no diz respeito a tatuagem ou ainda tem muito a batalhar?
Naira: É comum ver tatuadoras, mesmo chamando um pouco de atenção por serem mulheres, são várias e tão boas quanto os caras. O importante é estudar sempre e isso vale para todos.

Garotas do Rock: Qual a maior dificuldade que você enfrenta dentro da profissão?
Naira: Eu me sinto bem com o que eu faço apesar de ser um trabalho meio cansativo, tanto física quanto intelectualmente. Pois envolve inspiração, técnica, tempo e paciência.

Garotas do Rock: E a maior vantagem?
Naira: A vantagem é ter um horário relativamente flexível, fazer arte que é algo prazeiroso e ganhar por isso.

Garotas do Rock: Como começou a tatuar a galera das bandas?
Naira: Minha clientela é bem variada. Tatuo desde donas de casa até rockeiros de bandas mais conhecidas. Não faço distinção, mas claro que é mais fácil lidar com gente que tem mais visão de arte, que te dá mais espaço pra desenvolver um desenho e tem mais ousadia.

Garotas do Rock: Depois disso, seu trabalho mudou muito, digo em quantidade de trampos?
Naira: Acho que tattoo esta super ligada com música, então, uma coisa puxa a outra!

Garotas do Rock: Quais são suas influências pra tatuar?
Naira: Minhas influências são o tradicional americano, pin up e arte vintage em geral, pop art, HQs underground e rock'n'roll anos 50 e 60.

Garotas do Rock: Tem algum trabalho em especial que você curtiu muito fazer?
Naira: Gosto de desenhar mulheres, então as pin ups me dão muito prazer, são uma espécie de desafio.Também prefiro trabalhos grandes com cores e traços fortes.

E aí, pensando em fazer uma tattoo? O contato da Naira é nairajuliana@hotmail.com. Para conhecer mais o trabalho dela, acesse www.fotolog.com/nairatattoo e www.flickr.com/nairatattoo.




Fotos: Divulgação.
Por Garotinha_rosa e Carol Xuh .

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Scalene e o lançamento do 1º EP!


A banda brasiliense Scalene começou as suas atividades em 2008, dedicando os seus primeiros anos à composição de músicas, preparação de repertório, ensaios e gravações. Tendo toda essa sequência de trabalho, preocupou-se inicialmente em divulgar as músicas através do Myspace, após alcançar o reconhecido do público começaram os shows, e agora Scalene vem com tudo para lançar o seu primeiro EP.

Composta por Alexia Fidalgo (voz), Gustavo Bertoni (voz-guitarra), Tomás Bertoni (guitarra), Lucas Furtado (baixo) e Philipe Nogueira (bateria-voz), a banda lançará o seu primeiro EP no próximo dia 1º de outubro, no Blackout Bar (em Brasília), apresentando um instrumental forte e bem produzido, com um bom vocal masculino e o contraste marcante do vocal feminino.


Além de músicas próprias, Scalene também faz covers no estilo "Punk Goes Pop". Pra quem ainda não conhece, o Punk Goes Pop é um estilo que vem sendo proposto pela gravadora Fearless Records, onde artistas de punk rock fazem covers de músicas pop. A primeira música escolhida pela banda foi "Hot and Cold", da cantora Katy Perry, e vale (muito) a pena conferir.

Em uma entrevista ao nosso fanzine, Tomás nos contou um pouco mais sobre a história da banda e o lançamento do EP, que leva o nome da própria banda "Scalene". Confira:

Garotas do Rock: Então, a banda é de Brasília mesmo?
Tomás: Sim! O baterista nasceu no Rio e a vocalista em São Paulo, mas vieram pra cá antes do cinco anos. Resto da banda nasceu aqui.

Garotas do Rock:
Como tudo começou?
Tomás: Eu (Tomás) tive uma idéia de gravar um cover de uma música por diversão, meu irmão (Gustavo) gostou da idéia e começamos a ir atrás. Precisávamos de um baixista e chamamos o Lucas. Meu irmão conhecia a Alexia e chamou ela pra gravar com a gente. Nos demos muito bem e resolvemos montar uma banda. Faltando só o baterista, chamamos o Philipe pra tocar e ai formou-se o Scalene. No fim das contas nem gravamos o tal cover e começamos a fazer músicas próprias. Isso foi no finalzinho de 2008.
Os quatro homens da banda são amigos desde muito pequenos e a Alexia, tirando o Gustavo, todo mundo conheceu quando a banda se formou.

Garotas do Rock: Qual a proposta de vocês?
Tomás: Queremos fazer música do jeito que gostamos, no estilo que gostamos sem se apegar em clichês e futilidades que estão na moda hoje em dia. Nosso objetivo é conquistar nosso espaço por mérito da nossa música ser boa. Gostamos de fazer músicas com uma pegada forte, com guitarras pesadas, baterias imponentes e com letras com conteúdo, mas sem deixar de lado a diversão, um dos motivos que gravamos o cover de “Hot and Cold” ano passado!

Garotas do Rock: Em uma entrevista ao Coletivo Esquina vocês falaram que cresceram escutando Metallica, Iron Maiden (...), e que hoje em dia isso mudou. A que fatos vocês “dedicam” essa mudança de estilos?
Tomás: Não deixamos de escutar essas bandas e elas nos influenciam bastante ainda, mas é normal irmos cada hora escutando uma banda com mais freqüência que outra. Isso é essencial na minha opinião e acontece naturalmente.

Garotas do Rock: Quais as influências da banda?
Tomás: Thrice, Alexisonfire, Four Year Strong, Paramore, Metallica. Mas os gostos musicais na banda não são TÃO parecidos, o que provavelmente é uma coisa boa.

Garotas do Rock: Como foi o processo de gravação do EP?
Tomás: O EP terá 7 faixas, sendo uma faixa introdutória e mais 6 músicas. Gravamos no Estúdio Sgt. Peppers aqui em Brasília mesmo com o Ricardo Ponte. Estamos bem felizes com o resultado, a repercussão das músicas já lançadas tem sido muito boa, mas queremos mais! Não vai demorar muito para surgir mais novidades da banda.

Garotas do Rock: Vocês gravaram uma versão da música Hot and Cold, da Katy Perry. De onde surgiu a idéia de gravar uma música bastante pop, porém com uma levada mais pesada?
Tomás: Antes de tudo achamos bastante divertido! Nos shows já estamos tocando um novo cover, de “Bad Romance”, que devemos gravar em algum futuro próximo. Não sabíamos direito qual ia ser a reação da galera, ainda bem que foi muito boa! Foi uma idéia que sempre tivemos na banda, porque gostamos muito do “Punk Goes Pop” que uma gravadora americana produz que é exatamente isso, bandas de rock fazendo versões de músicas Pop!

Garotas do Rock: Já tocaram fora de Brasília?
Tomás: Por enquanto só em Brasília! Íamos pra Goiânia Maio passado, mas o show foi cancelado. Em Outubro devemos tocar em Unaí que vai ser nosso primeiro show em outra cidade! Não é fácil fazer shows fora e maioria das vezes nos convites que surgem temos que arcar com todos os gastos da viagem, o que dificulta mais ainda. Além de que só agora com o EP temos um material completo, isso deve nos ajudar a começar a sair de Brasília.

Garotas do Rock: Sobre o show de lançamento do EP, o que o público pode esperar do evento, e como anda a ansiedade de vocês?
Tomás: O evento, como um todo, vai ser muito legal! Todas as bandas têm qualidade, vai ter discotecagem, a produtora que está realizando o show é muito competente e se importa em tratar bem o público e os músicos, o que é raro hoje em dia. Tem tudo para ser um grande evento!
Nós estamos preparando um show bem legal, bem direto e intenso, como nós gostamos e nosso público também! No show já teremos o EP prensado à venda que vai ficar muito bonito! E a ansiedade tá crescendo cada vez mais!


A Scalene pode ser encontrada em todas as mídias, no Orkut e no Facebook basta procurar que acha! E no Twitter é @scalene_. Além disso, a banda também tem um fotolog: www.fotolog.com.br/bandascalene e canal no youtube: www.youtube.com/scalenetube. Para escutar, basta acessar o myspace: www.myspace.com/bandascalene, e para download, Trama Virtual: www.tramavirtual.com.br/scalene.

Não podemos deixar de falar sobre o excelente trabalho de mídia desenvolvido pela banda, que além de aproveitar da melhor maneira os recursos disponíveis para divulgação, se preocupa e consegue apresentar um trabalho gráfico bonito e atrativo.

Ao Tomás, o nosso agradecimento pela disponibilidade e pela qualidade desta entrevista, e a Scalene, muito sucesso!


Fotos: Divulgação .
Por Ana Carolina .

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Ser ilustrador - Silvio Pequeno

Nome: Silvio Laerte Pequeno da Rocha

Idade: 23 anos

Nascido em: Montes Claros – MG

Profissão: Ilustrador

Silvio Pequeno, rapaz nascido em Montes Claros (MG), é formado em Artes Plásticas. Apesar de ser tão novo, ele já foi professor de nível superior, designer e grafiteiro. Ser ilustrador era um desejo antigo, e começou a ganhar forma há mais ou menos um ano e meio, quando uniu-se o desejo de desenhar à uma outra paixão: estamparia, moda e estilo.

Quando criança, Silvio já desenhava nos papéis que vinham embalando os tecidos que sua mãe comprava, “Um misto de tédio com gosto pelo desenho, pelas cores, descobertas e aprendizado é o que me motiva”, diz ele. Costureira das melhores, sempre incentivou o talento do filho, e ele afirma “...o que me incentivou 20 anos atrás é o mesmo que me incentiva até hoje”. Em uma família onde o desenho era um talento comum, Silvio foi o único que decidiu arriscar e fazer disso uma profissão.


Ambiente de trabalho.

Durante esse período como ilustrador, consolidou sua profissão ganhando concursos de ilustração, como no Camiseteria (sete vezes por sinal), Jaeh, Miink, Ript Apparel, Teefury e Textile na gringa. Também é possível encontrar suas estampas em lojas em São Paulo como Elcabriton e Efeito Estampa.

Agora, com um novo projeto de vida, em companhia de amigos, Silvio irá abrir uma marca, a El Rey, e ele afirma, “é pra onde estão indo meus melhores desenhos”.
(#dica: para receber novidades sobre a marca se cadastre já no site da
El Rey!)



Trabalhos, Silvio Pequeno.

Atualmente, trabalhando na ilustração de uma série de livros clássicos para uma editora com sede em São Paulo e Londres, Silvio arrumou um tempinho para um bate papo de perguntas e respostas rápidas com o Garotas do Rock, confira.

Garotas do Rock: Sonho?
Silvio Pequeno: De uma noite de verão.

Garotas do Rock: Ilustração própria favorita?
Silvio Pequeno:

Garotas do Rock: Inspiração?
Silvio Pequeno: Música (e mulher bonita).

Garotas do Rock: Banda favorita?
Silvio Pequeno: Cara, não tenho uma banda só preferida mas vou falar “Tool”.

Garotas do Rock: Mulheres mais bonitas do mundo na sua opinião?
Silvio Pequeno: Shannyn Sossamon e Scarlet Johansson

Garotas do Rock: Ilustradores favoritos?
Silvio Pequeno: Mc Bess, Ghostco, Tropical Toxic, Jirat e Julian Callos.

Garotas do Rock: Grafite?
Silvio Pequeno: Amizade.

Garotas do Rock: Dar aula?
Silvio Pequeno: Chato.

Garotas do Rock: Designer?

Garotas do Rock: Ilustrador?
Silvio Pequeno: Sonho.

Garotas do Rock: Futuro?
Silvio Pequeno: Sucesso.

Agradecemos a Silvio pela constante colaboração e apoio ao nosso fanzine. Muito sucesso, sempre.

Fotos e ilustrações: Silvio Pequeno .
Por Ana Carolina.

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Soundness - SP


A banda de Guarulhos, Soundness, iniciou em 2007, com Bruno (guitarra) e Daniel(Baixo), que já tocavam juntos em outra banda, mas que recentemente havia acabado, e chamaram Ronaldo, pra montar uma nova banda. Durante o ano de 2008 dedicaram-se apenas as composições fazendo apenas 2 ou 3 shows. Em janeiro de 2009 chamaram a Patrícia e o Paulo, que assumiram respectivamente vocais e guitarra. Iniciando uma nova fase, gravaram algumas canções e começaram a tocar em diversas casas como Tribe House, Cervejazul, Lolapalooza, Vitrola, participaram da selação pro ABC PRO HC, dividiram o palco com bandas como Fake Number, Hori, Lipstick, Killi , Restart , Aditive, etc.. Após os shows a banda vem conquistando o seu público. No fim do ano de 2009 a Patú acabou saindo da banda e em Fevereiro de 2010 a Carol -XUH assumiu o vocal dando mais força e personalidade para a as canções.

Garotas do Rock: De onde veio o nome Soundness? Quem teve a idéia? O que significa?
Soundness: Acho que a idéia partiu do Ronaldo o batera. Tentávamos toda semana encontrar um nome para a banda mas parecia uma missão impossível. Depois de mais ou menos uns 3 meses de banda o Ronaldo veio com a idéia do nome Soundness, o nome significa Solidez, algo sólido como o nosso som e a vivência da banda. O nome surgiu porque queríamos algo que tivesse a ver com sonoridade, som, música e nos prendemos ao SOUND, mas depois de algumas conversas ficamos com o SOUNDNESS porque solidez é algo que almejamos para a banda.

Garotas do Rock: Como vocês se conheceram? Como a banda surgiu?
Bruno: Eu e o Daniel somos amigos de infância e tocamos juntos numa banda de New Metal. Eu comecei a compor algumas músicas sem compromisso mostrei os sons no violão para o Daniel e ele gostou da idéia e então começamos a procura por um baterista. Comentei com um amigo e então ele me indicou o Ronaldo. Após algumas ligações o primeiro ensaio foi marcado e aqui estamos. O Paulo tb era um amigo em comum que participava do mesmo circuito underground com outras bandas e então fizemos o convite, pois sentíamos a necessidade de uma segunda Guitarra.
Carol: Conheci o Paulo num bar... Era meu aniversario, eu cantei uma musica com um amigo em comum, ele pegou o meu telefone pra gente combinar de fazer um teste... e aí, rolou!

Garotas do Rock: Quais as principais influências da banda?
Soundness: Pitty, Paramore, Foo Fighters, Chevelle, Linkin Park, Soil Work, Korn, Three Days Grace, Ramones, Dead fish, Cohhed and Cambria, Caliban, Nirvana, Pearl Jam, Papa Roach, Alice in chains... A tem coisa pra caramba, todo mundo acaba trazendo um pouquinho do gosto pessoal pro som da banda.

Garotas do Rock: Sei que inicialmente eram um power trio. Porque uma segunda guitarra? E o principal, porque um vocal feminino?
Soundness: A segunda guitarra foi uma necessidade natural para evolução do som da banda em relação a proposta que queremos levar ao público. O som era pesado, porém, sentíamos a necessidade de ter mais riqueza de detalhes, preencher mais o som mesmo..rsrs!!! Com relação ao vocal feminino foi algo que já admirávamos bastante, quase não tinham bandas com vocal feminino com essa proposta de som e acho que ainda não existem muitas. Eu não me sentia a vontade para ter o posto de vocalista... Não da para tocar, cantar e pular.. preferi tocar, pular e cantar as vezes ...rsrs

Garotas do Rock: O que mudou desde a entrada da Carol pra Soundness?
Soundness: A Carol trouxe mais energia para a banda, ela assumiu muito bem a posição de "front girl" da banda e isso trouxe mais identidade para o Soundness. Estávamos em um momento difícil da banda, isso abriu um leque de discussões e ajudou a trazer "aquela vontade" de fazer "o sonho se tornar real" de novo.

Garotas do Rock: As mulheres estão ganhando cada vez mais espaço no rock ou ainda tem muito preconceito?
Carol: No último show que fizemos, deu pra perceber que as meninas estão ganhando um espaço cada vez maior na cena do rock.... Foi a primeira vez que tocamos num festival que entre 10 bandas, 3 tinham vocal feminino... A tendência é só melhorar e crescer, sempre.
Paulo: Acho que esse lance de preconceito com as mulheres no cenário musical acabou, hj tem muitas bandas com vocal feminino e muitas das melhores vozes do mundo são de mulheres. (Vcs não são mais as coitadinhas) kkkkkkkkkk

Garotas do Rock:
De onde surge a inspiração para as letras?
Soundness: Escrevemos sobre os momentos que estamos passando, sobre coisas que vemos na TV, coisas que as pessoas próximas passam, quando queremos nos divertir, superar alguma situação ou demonstra algum sentimento.

Garotas do Rock: Contem pra gente como é o cenário do Rock na cidade de Guarulhos?
Soundness: É difícil! Mas, acho que quem tem vontade de crescer nesse meio, tem que meter as caras e ir atrás! Aqui é um lugar de publico muito grande, acho que uma das melhores cidades pra esse tipo de cena... O problema é que a mulekada hj só quer saber de ouvir o som que está na rádio, hj poucas pessoas ainda gostam de ouvir bandas independentes, a uns 10 anos atrás a coisa era muito diferente...

Garotas do Rock: Quais as maiores dificuldades de ser uma banda independe hoje em dia?
Soundness: A principal dificuldade na minha opinião, é mesmo esse lance de cota... Hoje em dia ou você vende ingresso, ou fica de fora... Mas em contra partida, depois que você faz o corre e "fideliza" o publico, tudo rola com mais facilidade! Sentimos falta de fazer um show justo, de poder tocar sem precisar pagar, hoje em dia há muitos exploradores da musica, querendo ganhar dinheiro em cima de bandas independentes!!!


Garotas do Rock: Todo mundo trabalha, estuda, dois de vocês são papais... Como fazem pra conciliar isso tudo? Onde arrumam tanta disposição e empenho?
Soundness: O corre é graaande, mas a gente sempre dá um jeitinho de escapar mais cedo pros ensaios, shows... E bem difícil conciliar tudo, estudar, trabalhar e ter banda, não é tarefa fácil. A vontade de tornar um sonho real é o combustível para sempre continuar. É complicado, mas sempre acabamos arrumando um tempo para fazer aquilo que mais gostamos, tocar!!!

Garotas do Rock: Me contem um sonho de vocês, pode ser individual ou coletivo... Tipo tocar com alguém? Um festival que gostariam de estar... sei lá algo que almejam para a Soundness...
Carol: Minha vontade sempre foi tocar com a galera do Cpm 22, que é minha banda preferida! Acabei de dar um GRAAAANDE passo na direçao do sonho, porque a gente tocou com o Medellin, a banda nova do Badaui. Foi bacana, falei sobre a banda, pra mim isso já valeu MUITO a pena!
Soundness: Acho que o grande sonho de todo mundo é estar dirigindo num dia comum e derrepente escutar a Soundness na rádio, ou estar trocando de canal e ver um clipe nosso passando.

Valeu galera da Soundness pela atenção!

Ouça: http://myspace.com/soundnessrock
Siga: @soundnessrock
Veja: www.fotolog.com/soundnessrock
Assista: http://www.youtube.com/user/ropinklittlegirl#p/u/0/CmJ2JQoh5q0


Fotos: garotinha_rosa
Por garotinha_rosa .

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A banda gaúcha: Morgan Le Femme



Em 2006 quatro jovens gaúchas se reuniram sob a alcunha de Morgan Le Femme para montar uma banda. O nome faz clara menção à Morgana Le Fay, irmã do rei Artur, a principal figura feminina das lendas da távola redonda. Mas as referencias à idade média param por aqui. Ao escutar o EP Verde temos contato com uma sonoridade rock de primeira linha como ha muito não se vê, a banda parece manter um pé no Rockabilly dos anos 50, outro no ieieiê dos anos 60, mas sem deixar de plugar os amplificadores aqui, nos anos 2000. Bem chega de papo, vamos ver o que elas disseram ao Garotas do Rock.

Garotas do Rock: De onde vêm a paixão pelo Rock N Roll?
Morgan Le Femme: Em geral somos bem ecléticas, nossa paixão é pela música, acima de estilos. Porém a sensação de tocar rock’n’roll é indescritível e foi tocando que nos apaixonamos por esse som. Não existe melhor vibração pra se sentir sobre o palco!

Garotas do Rock: De quem foi a idéia de montar a banda? A pretensão inicial era mesmo de montar uma banda só de garotas?
Morgan Le Femme: Nunca tivemos de fato que pensar se íamos ou não montar uma banda só de garotas, as coisas simplesmente fluíram dessa forma. A banda se formou quase sozinha, todas já tinham estado em bandas mistas antes até que um dia, em uma das bandas, três de nós se encontraram. A impressão de que tínhamos que ser uma banda era bem óbvia e, poucos dias depois, da mesma forma casual, a quarta Morgan apareceu e tudo começou oficialmente.

Garotas do Rock: Quais artistas influenciaram vocês a tocar?
Morgan Le Femme: Cada uma possui suas próprias influencias, mas temos em comum uma série de artistas que nos inspiram. Alguns deles são Creedence, Janis Joplin, Stevie Ray Vaughan, Beatles e Rolling Stones, entre muitos outros.

Garotas do Rock: O nome Morgan Le Femme nos remete à Fada Morgana, uma figura feminina à frente do seu tempo. Até onde essa personagem inspira e identifica as componentes da banda?
Morgan Le Femme: Quando começamos a procurar um nome pra banda, estávamos fascinadas umas com as outras e com a série de coincidências que fez com que nos encontrássemos. Havia uma sensação de “mágica” quando pensávamos na banda e foi ai que chegamos à personagem de “Morgan Le Fay”, a irmã feiticeira do Rei Arthur. Ela sintetizava a atmosfera de encantamento e poder que a união da banda nos proporcionava e acabou sendo o ícone perfeito pra gente.

Garotas do Rock: De onde vem a inspiração para as letras?
Morgan Le Femme: Nossas letras em geral falam sobre o que observamos em pessoas e seus aprendizados, sejam eles pequenos ou grandes. Tudo que vira lição pra gente, serve como inspiração para as letras, que se expressam como histórias em primeira pessoa ou de terceiros, como no caso de Johnny Superstar e Lady Morgan - ambas músicas de nosso primeiro EP.

Garotas do Rock: É comum que algumas pessoas esperem uma postura romântico/sentimental de uma banda liderada por garotas. Porém letras como a de “Lady Morgan” contrariam essa idéia. Vocês já foram vitimas de preconceito ou causaram alguma surpresa nesse sentido?
Morgan Le Femme: Talvez a temática “romântico/sentimental” esteja mais associada a um estilo de música do que ao gênero dos músicos que a executam. Inúmeros artistas homens fazem carreira cantando músicas românticas, talvez mais artistas homens que mulheres. No rock, porém, as letras variam em inúmeros discursos e, quando o público sabe que tocamos rock, não coloca na gente a expectativa de letras românticas.



Garotas do Rock: No MySpace de vocês diz que a música “O Cara do Bar” foi inspirada em fatos reais. Como se deu essa história?
Morgan Le Femme: Bem, tínhamos um bar de estimação há anos. Consumíamos ali toda semana. Certa vez, na pressa, estávamos apertadas e passamos ali na expectativa de usar o banheiro rapidamente antes do show. Cumprimentamos o dono, nosso velho conhecido, e ao mencionar que íamos usar o banheiro (sem comprar nada), ele fez a expressão de negação que tanto nos revoltou mais tarde. Tantos anos dando dinheiro pra ele, pra não poder dar uma mijadinha? Dias depois compusemos “O Cara do Bar”, cujo refrão grita com todas as letras “Deixa eu mijar!” em homenagem à ingratidão do dono.

Garotas do Rock: Notei que o set list de vocês é composto em sua grande parte por clássicos já consagrados do rock. Como tem sido a recepção do público as composições próprias da banda?
Morgan Le Femme: Nós procuramos equilibrar bem a ordem das músicas para que o público possa aproveitar nossas próprias no mesmo embalo que os clássicos. Apesar das diferenças de idioma e popularidade entre uma musica e outra, o público na maioria das vezes se deixa levar e curte nossas músicas no mesmo espírito do resto do setlist. É sempre muito divertido ver o pessoal dançando e cantarolando um som nosso no show.

Garotas do Rock: Vocês têm vontade de tocar em Montes Claros?
Morgan Le Femme: Tivemos experiências fantásticas tocando fora da nossa cidade natal, é sempre muito empolgante lidar com cabeças novas e gente que curte rock’n’roll de verdade. Montes Claros certamente é um dos lugares em que gostaríamos de tocar

Garotas do Rock: Vocês são filiadas a algum coletivo de cultura independente?
Morgan Le Femme: Sim, somos filiadas ao ExtremoROCKSul e já ajudamos na produção dos dois últimos Gritos Rock Porto Alegre.


Garotas do Rock: Agora uma pergunta que pode soar meio machista. Como é a convivência de uma banda formada por quatro garotas, todas sujeitas a alterações hormonais próprias de vocês?
Morgan Le Femme: Olha, é bem divertido! Haha. Rola umas discussões, mas elas são saudáveis e nós tentamos sempre entender umas as outras nesse período (ou não necessariamente nesse período). No geral nos damos muito bem e nos respeitamos muito, isso é o mais importante pra qualquer tipo de relação.

Garotas do Rock: Para terminar vocês gostariam de deixar algum recado para as meninas apaixonadas por rock n roll que desejam se aventurar no meio underground?
Morgan Le Femme: Achamos que todo mundo tem o direito de se expressar da forma que quiser. Metam a cara no rock n roll porque ele não tem sexo, ele é a tua alma. Te joga!

Para mais informações acessem:
http://www.myspace.com/morganlefemme

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Fotos e vídeo: Divulgação.
Por Gabriel Lima .

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Conheça: As Diabatz!

As Diabatz é o nome de uma banda curitibana de Psychobilly tradicional surgida no verão de 2006/2007, tendo inspiração nas bandas classicas dos anos 80. Formada por Baby Rebbel (Guitar & Vocals), Killer Klau (Upright Slap Bass ) e Clau Sweet Zombie (Stand up Drums). Isso mesmo, se trata de uma banda formada apenas por mulheres, e que vem sendo destaque na cena de psychobilly atual.

Após lançar o Ep “Witches Stomp” elas tiveram a oportunidade de tocar no maior festival de Psychobilly da atualidade na Espanha, logo em seguida gravaram seu primeiro disco.

O nome parace ser uma espécie de combinação do português e do inglês, algo como a mistura de “dançarinas do diabo” e “morcegos” (bats), e ainda um trocadilho com a doença de diabétes.

Conversamos com elas, vejam na seqüência!


Garotas do Rock: Temos que dizer que a produção de seu debut álbum “Riding Through The Devil's Hill” é uma surpresa, há um certo capricho que torna o trabalho realmente especial! Vocês poderiam nos contar como foi o processo de produção do álbum e as gravações na Holanda?
As Diabatz: Obrigada. Realmente quisemos caprichar no nosso primeiro álbum. Tivemos bastante trabalho para decidir tudo, sobre as músicas, as fotos, a capa. As gravações em Rotterdam foram rápidas, pois tínhamos apenas duas semanas, então precisamos nos concentrar bastante e aproveitar todo o tempo que tínhamos. Depois no processo de mixagem, ficamos bastante atentas com cada detalhe das músicas, nosso amigo Marc Burguer (baterista das bandas 69 Beavershot e Triple Dynamite) foi quem nos ajudou na produção, gravação e mixagem. Decidimos fazer a arte também e saiu tudo do jeito que esperávamos inclusive a embalagem em digipack.

Garotas do Rock: Apesar da banda ser relativamente nova vocês estiveram se apresentando num dos mais importantes festivais de Psychobilly do mundo, o Psychobilly Meeting na Espanha (na 16ª edição em 2008) dividindo o palco com várias bandas importantes como Guanabatz, Bang Bang Bazooka, Tabaltix, Klingonz e várias outras.
Qual foi a sensação de tocar em um evento de tao porte e o que mudou de lá pra cá em termos de visibilidade pra vocês?
As Diabatz: Foi ótimo tocar no Psychobilly Meeting! Quando fomos convidadas ficamos surpresas, pois a banda estava bem no começo mesmo, mas deu tudo certo e até melhor do que imaginávamos.
Foi o maior público que já tocamos e depois desse show ficamos ainda mais conhecidas na Europa e logo vieram outras oportunidades.

Garotas do Rock: As Diabatz tem uma formação de trio, e pelo que sei vocês são provavelmente a primeira banda Psychobilly brasileira formada só por mulheres. Ainda assim não existem tantas bandas com a mesma configuração mesmo em outros lugares como a Europa. No geral o fato acaba ajudando vocês, no que diz respeito ao inusitado atrair a atenção das pessoas... Ou digamos ser como uma banda que represente o publico feminino dentro da cena Psychobilly talvez?
As Diabatz: Sim, no Brasil somos a primeira banda formada só por mulheres. Isso com certeza ajuda bastante e atrai sim a atenção das pessoas. Notamos também que existem mais mulheres interessadas em conhecer a cena psychobilly e até outras bandas que surgirão influenciadas por nós.

Garotas do Rock: O som que vocês fazem segue uma linha mais tradicional do Psychobilly, guitarras limpas com boa influência de surf rock sessentista e notórias influências de Krewmen, Torment, Meteors, Batmobile, Sharks, e naturalmente o Dypsomaniaxe.
Agora em termos líricos qual a abordagem das letras? Um certo humor negro parece permear as canções.
As Diabatz: O humor negro é na verdade uma característica do Pyschobilly.
As letras são feitas pela banda em conjunto e abordam temas como: terror, diversão, bebidas, pessoas, insanidade e muita loucura.

Garotas do Rock: Gostaria que vocês nos falassem como foi a turnê Européia ao lado do Frantic Flintstones.
As Diabatz: A turnê foi ótima, tocamos em vários países como Alemanha, Inglaterra, Bélgica, Espanha, Holanda, Itália, Suíça, Dinamarca e República Tcheca. Conhecemos várias pessoas, fizemos contatos, aprendemos coisas, vendemos muitos CDs e camisetas. Foi uma experiência inesquecível! Todos os shows com a bandeira do Brasil no palco.

Garotas do Rock: Qual a avaliação de vocês a respeito dos downloads? Pergunto isso porque ao que parece houve claramente um bocado de investimento em todo desenvolvimento do disco, porém antes do lançamento do mesmo no Brasil já havia vários blogs disponibilizando o play em forma de Mp3 via internet. Isso realmente acaba sendo um problema pra vocês?
As Diabatz: Não vemos problema porque sabemos que os fãs de verdade vão querer ter uma cópia original do disco. Apesar disso, é chato pensar que as pessoas fazem isso até com bandas como a nossa, que já não ganham muito dinheiro com isso. Piratear uma banda major que vende milhões de cópias não os afeta muito, mas quando se trata de bandas da cena underground é um pouco lamentável, pois essas sim precisam do suporte do público (que já não é tão abrangente) nesse sentido.

Garotas do Rock: Como se deu o contato com a Drunkabilly Records (selo belga) para o lançamento do Riding Through The Devil's Hill?
As Diabatz: Já conhecíamos o dono do selo e depois dele ter assistido nossa apresentação no Psychobilly Meeting, fizemos uma proposta. Além de lançar o cd na Europa, ele também faz a distribuição que ajuda bastante na nossa divulgação.

Garotas do Rock: Como é a cena de rock de uma forma geral em Curitiba? Bandas, pubs, eventos importantes...
As Diabatz: A cena curitibana está numa ótima posição. Vários bares legais, muitas bandas de qualidade e o reconhecimento das bandas daqui cresceu muito. Festivais e eventos em geral cada vez mais cheios, produtores e organizadores bem profissionais também contam bastante... Já conseguimos notar uma diferença muito grande de uns tempos pra cá, a cena não pára de crescer.

Conheça mais pelo:
Myspace: http://www.myspace.com/asdiabatz
Perfil no Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=15117967893468779802
Comunidade no Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Community?rl=cpp&cmm=41667605

Confira também o clipe da música “Psychomad Mary”:



Contato para shows: asdiabatz@gmail.com ou 41 9105-8764 ou 41 3022-7107


Fotos e vídeos: Divulgação.
Por Thiago Soares e Haron Gomes.
(Pote de Geléia Zine)

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