Em 2006 quatro jovens gaúchas se reuniram sob a alcunha de Morgan Le Femme para montar uma banda. O nome faz clara menção à Morgana Le Fay, irmã do rei Artur, a principal figura feminina das lendas da távola redonda. Mas as referencias à idade média param por aqui. Ao escutar o EP Verde temos contato com uma sonoridade rock de primeira linha como ha muito não se vê, a banda parece manter um pé no Rockabilly dos anos 50, outro no ieieiê dos anos 60, mas sem deixar de plugar os amplificadores aqui, nos anos 2000. Bem chega de papo, vamos ver o que elas disseram ao Garotas do Rock.
Garotas do Rock: De onde vêm a paixão pelo Rock N Roll?
Morgan Le Femme: Em geral somos bem ecléticas, nossa paixão é pela música, acima de estilos. Porém a sensação de tocar rock’n’roll é indescritível e foi tocando que nos apaixonamos por esse som. Não existe melhor vibração pra se sentir sobre o palco!
Garotas do Rock: De quem foi a idéia de montar a banda? A pretensão inicial era mesmo de montar uma banda só de garotas?
Morgan Le Femme: Nunca tivemos de fato que pensar se íamos ou não montar uma banda só de garotas, as coisas simplesmente fluíram dessa forma. A banda se formou quase sozinha, todas já tinham estado em bandas mistas antes até que um dia, em uma das bandas, três de nós se encontraram. A impressão de que tínhamos que ser uma banda era bem óbvia e, poucos dias depois, da mesma forma casual, a quarta Morgan apareceu e tudo começou oficialmente.
Garotas do Rock: Quais artistas influenciaram vocês a tocar?
Morgan Le Femme: Cada uma possui suas próprias influencias, mas temos em comum uma série de artistas que nos inspiram. Alguns deles são Creedence, Janis Joplin, Stevie Ray Vaughan, Beatles e Rolling Stones, entre muitos outros.
Garotas do Rock: O nome Morgan Le Femme nos remete à Fada Morgana, uma figura feminina à frente do seu tempo. Até onde essa personagem inspira e identifica as componentes da banda?
Morgan Le Femme: Quando começamos a procurar um nome pra banda, estávamos fascinadas umas com as outras e com a série de coincidências que fez com que nos encontrássemos. Havia uma sensação de “mágica” quando pensávamos na banda e foi ai que chegamos à personagem de “Morgan Le Fay”, a irmã feiticeira do Rei Arthur. Ela sintetizava a atmosfera de encantamento e poder que a união da banda nos proporcionava e acabou sendo o ícone perfeito pra gente.
Garotas do Rock: De onde vem a inspiração para as letras?
Morgan Le Femme: Nossas letras em geral falam sobre o que observamos em pessoas e seus aprendizados, sejam eles pequenos ou grandes. Tudo que vira lição pra gente, serve como inspiração para as letras, que se expressam como histórias em primeira pessoa ou de terceiros, como no caso de Johnny Superstar e Lady Morgan - ambas músicas de nosso primeiro EP.
Garotas do Rock: É comum que algumas pessoas esperem uma postura romântico/sentimental de uma banda liderada por garotas. Porém letras como a de “Lady Morgan” contrariam essa idéia. Vocês já foram vitimas de preconceito ou causaram alguma surpresa nesse sentido?
Morgan Le Femme: Talvez a temática “romântico/sentimental” esteja mais associada a um estilo de música do que ao gênero dos músicos que a executam. Inúmeros artistas homens fazem carreira cantando músicas românticas, talvez mais artistas homens que mulheres. No rock, porém, as letras variam em inúmeros discursos e, quando o público sabe que tocamos rock, não coloca na gente a expectativa de letras românticas.
Garotas do Rock: No MySpace de vocês diz que a música “O Cara do Bar” foi inspirada em fatos reais. Como se deu essa história?
Morgan Le Femme: Bem, tínhamos um bar de estimação há anos. Consumíamos ali toda semana. Certa vez, na pressa, estávamos apertadas e passamos ali na expectativa de usar o banheiro rapidamente antes do show. Cumprimentamos o dono, nosso velho conhecido, e ao mencionar que íamos usar o banheiro (sem comprar nada), ele fez a expressão de negação que tanto nos revoltou mais tarde. Tantos anos dando dinheiro pra ele, pra não poder dar uma mijadinha? Dias depois compusemos “O Cara do Bar”, cujo refrão grita com todas as letras “Deixa eu mijar!” em homenagem à ingratidão do dono.
Garotas do Rock: Notei que o set list de vocês é composto em sua grande parte por clássicos já consagrados do rock. Como tem sido a recepção do público as composições próprias da banda?
Morgan Le Femme: Nós procuramos equilibrar bem a ordem das músicas para que o público possa aproveitar nossas próprias no mesmo embalo que os clássicos. Apesar das diferenças de idioma e popularidade entre uma musica e outra, o público na maioria das vezes se deixa levar e curte nossas músicas no mesmo espírito do resto do setlist. É sempre muito divertido ver o pessoal dançando e cantarolando um som nosso no show.
Garotas do Rock: Vocês têm vontade de tocar em Montes Claros?
Morgan Le Femme: Tivemos experiências fantásticas tocando fora da nossa cidade natal, é sempre muito empolgante lidar com cabeças novas e gente que curte rock’n’roll de verdade. Montes Claros certamente é um dos lugares em que gostaríamos de tocar
Garotas do Rock: Vocês são filiadas a algum coletivo de cultura independente?
Morgan Le Femme: Sim, somos filiadas ao ExtremoROCKSul e já ajudamos na produção dos dois últimos Gritos Rock Porto Alegre.
Garotas do Rock: Agora uma pergunta que pode soar meio machista. Como é a convivência de uma banda formada por quatro garotas, todas sujeitas a alterações hormonais próprias de vocês?
Morgan Le Femme: Olha, é bem divertido! Haha. Rola umas discussões, mas elas são saudáveis e nós tentamos sempre entender umas as outras nesse período (ou não necessariamente nesse período). No geral nos damos muito bem e nos respeitamos muito, isso é o mais importante pra qualquer tipo de relação.
Garotas do Rock: Para terminar vocês gostariam de deixar algum recado para as meninas apaixonadas por rock n roll que desejam se aventurar no meio underground?
Morgan Le Femme: Achamos que todo mundo tem o direito de se expressar da forma que quiser. Metam a cara no rock n roll porque ele não tem sexo, ele é a tua alma. Te joga!
Para mais informações acessem:
http://www.myspace.com/morganlefemme
Assistam também:
Garotas do Rock: De onde vêm a paixão pelo Rock N Roll?
Morgan Le Femme: Em geral somos bem ecléticas, nossa paixão é pela música, acima de estilos. Porém a sensação de tocar rock’n’roll é indescritível e foi tocando que nos apaixonamos por esse som. Não existe melhor vibração pra se sentir sobre o palco!
Garotas do Rock: De quem foi a idéia de montar a banda? A pretensão inicial era mesmo de montar uma banda só de garotas?
Morgan Le Femme: Nunca tivemos de fato que pensar se íamos ou não montar uma banda só de garotas, as coisas simplesmente fluíram dessa forma. A banda se formou quase sozinha, todas já tinham estado em bandas mistas antes até que um dia, em uma das bandas, três de nós se encontraram. A impressão de que tínhamos que ser uma banda era bem óbvia e, poucos dias depois, da mesma forma casual, a quarta Morgan apareceu e tudo começou oficialmente.
Garotas do Rock: Quais artistas influenciaram vocês a tocar?
Morgan Le Femme: Cada uma possui suas próprias influencias, mas temos em comum uma série de artistas que nos inspiram. Alguns deles são Creedence, Janis Joplin, Stevie Ray Vaughan, Beatles e Rolling Stones, entre muitos outros.
Garotas do Rock: O nome Morgan Le Femme nos remete à Fada Morgana, uma figura feminina à frente do seu tempo. Até onde essa personagem inspira e identifica as componentes da banda?
Morgan Le Femme: Quando começamos a procurar um nome pra banda, estávamos fascinadas umas com as outras e com a série de coincidências que fez com que nos encontrássemos. Havia uma sensação de “mágica” quando pensávamos na banda e foi ai que chegamos à personagem de “Morgan Le Fay”, a irmã feiticeira do Rei Arthur. Ela sintetizava a atmosfera de encantamento e poder que a união da banda nos proporcionava e acabou sendo o ícone perfeito pra gente.
Garotas do Rock: De onde vem a inspiração para as letras?
Morgan Le Femme: Nossas letras em geral falam sobre o que observamos em pessoas e seus aprendizados, sejam eles pequenos ou grandes. Tudo que vira lição pra gente, serve como inspiração para as letras, que se expressam como histórias em primeira pessoa ou de terceiros, como no caso de Johnny Superstar e Lady Morgan - ambas músicas de nosso primeiro EP.
Garotas do Rock: É comum que algumas pessoas esperem uma postura romântico/sentimental de uma banda liderada por garotas. Porém letras como a de “Lady Morgan” contrariam essa idéia. Vocês já foram vitimas de preconceito ou causaram alguma surpresa nesse sentido?
Morgan Le Femme: Talvez a temática “romântico/sentimental” esteja mais associada a um estilo de música do que ao gênero dos músicos que a executam. Inúmeros artistas homens fazem carreira cantando músicas românticas, talvez mais artistas homens que mulheres. No rock, porém, as letras variam em inúmeros discursos e, quando o público sabe que tocamos rock, não coloca na gente a expectativa de letras românticas.
Garotas do Rock: No MySpace de vocês diz que a música “O Cara do Bar” foi inspirada em fatos reais. Como se deu essa história?
Morgan Le Femme: Bem, tínhamos um bar de estimação há anos. Consumíamos ali toda semana. Certa vez, na pressa, estávamos apertadas e passamos ali na expectativa de usar o banheiro rapidamente antes do show. Cumprimentamos o dono, nosso velho conhecido, e ao mencionar que íamos usar o banheiro (sem comprar nada), ele fez a expressão de negação que tanto nos revoltou mais tarde. Tantos anos dando dinheiro pra ele, pra não poder dar uma mijadinha? Dias depois compusemos “O Cara do Bar”, cujo refrão grita com todas as letras “Deixa eu mijar!” em homenagem à ingratidão do dono.
Garotas do Rock: Notei que o set list de vocês é composto em sua grande parte por clássicos já consagrados do rock. Como tem sido a recepção do público as composições próprias da banda?
Morgan Le Femme: Nós procuramos equilibrar bem a ordem das músicas para que o público possa aproveitar nossas próprias no mesmo embalo que os clássicos. Apesar das diferenças de idioma e popularidade entre uma musica e outra, o público na maioria das vezes se deixa levar e curte nossas músicas no mesmo espírito do resto do setlist. É sempre muito divertido ver o pessoal dançando e cantarolando um som nosso no show.
Garotas do Rock: Vocês têm vontade de tocar em Montes Claros?
Morgan Le Femme: Tivemos experiências fantásticas tocando fora da nossa cidade natal, é sempre muito empolgante lidar com cabeças novas e gente que curte rock’n’roll de verdade. Montes Claros certamente é um dos lugares em que gostaríamos de tocar
Garotas do Rock: Vocês são filiadas a algum coletivo de cultura independente?
Morgan Le Femme: Sim, somos filiadas ao ExtremoROCKSul e já ajudamos na produção dos dois últimos Gritos Rock Porto Alegre.
Garotas do Rock: Agora uma pergunta que pode soar meio machista. Como é a convivência de uma banda formada por quatro garotas, todas sujeitas a alterações hormonais próprias de vocês?
Morgan Le Femme: Olha, é bem divertido! Haha. Rola umas discussões, mas elas são saudáveis e nós tentamos sempre entender umas as outras nesse período (ou não necessariamente nesse período). No geral nos damos muito bem e nos respeitamos muito, isso é o mais importante pra qualquer tipo de relação.
Garotas do Rock: Para terminar vocês gostariam de deixar algum recado para as meninas apaixonadas por rock n roll que desejam se aventurar no meio underground?
Morgan Le Femme: Achamos que todo mundo tem o direito de se expressar da forma que quiser. Metam a cara no rock n roll porque ele não tem sexo, ele é a tua alma. Te joga!
Para mais informações acessem:
http://www.myspace.com/morganlefemme
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Fotos e vídeo: Divulgação.
Por Gabriel Lima .
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